O preço das férias


Planejamos as férias de julho a meses atrás, o que iríamos fazer, quais filmes olhar, o que comer (não foi atoa que ganhei, no mínimo, uns cinco quilos). Mas sabíamos que chegaria a tal hora que evitávamos até de pensar. A partida sempre dói, entrar ou ver o outro entrar no ônibus é sempre torturante, mas quando se passa doze dias juntos a dor consegue ser ainda maior. Perguntas surgem a todo momento nas ultimas horas, me pergunto como vou encarar os travesseiros depois de doze dias dormindo no braço. Com quem brigarei de manha cedo (10h) quando me acordar. Quem vai me perguntar o que vai ser o almoço. Visto que eu não tenho o habito de tomar café da manha, para quem eu vou fazer café amanhã? É evidente que cada pergunta vem acompanhada com lagrimas e soluços. Pedir para ficar, mesmo sabendo que é impossível, é inevitável. Na esperança que por insistência a resposta mude, até a hora de partir são pronunciados muitos “fica, por favor” ou “não me deixa sozinha”. Quem assiste de fora se pergunta o porque de tanto drama se daqui a duas semanas vamos estar juntos novamente. Quem ta chorando se pergunta intimamente “por que tem que ser assim?”. Como diria minha avó: Mar calmo nunca formou marinheiro habilidoso. Então o que resta é chorar o quanto precisar e depois voltar a respirar, com a certeza de que nada irá nos separar por que isso a distancia já tentou e não conseguiu.

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